Megadeth

Bom, vamos começar do começo: o Leonardo perguntou se eu não me pilhava de escrever aqui p/ o Print, mais precisamente sobre música. Achei legal e como eu sei que tem muita merda tocando por aí, apesar de acreditar que a maioria aqui deve ter bom gosto, acabei topando. Não vou fazer uma Bíblia sobre as bandas ou intérpretes. A idéia é dar uma idéia geral, mostrar o que eu curto e acho que todo mundo devia ouvir. Outra coisa: não vai ter regularidade nenhuma, quando eu achar que tenho um texto legal, eu mando ver, OK? Vamos lá.

Nesse primeiro post vou falar sobre o Megadeth.
Eu achava que o Megadeth era um Metallica piorado. Achava que Dave Mustaine só queria ser melhor que James Hetfield, Lars Ulrich e cia. Mas eu estava errado. Totalmente errado! E se alguém mais pensava assim, depois de ler isso, vai mudar de idéia.
O ano é 1983, Dave tinha acabado de ser expulso do Metallica (leia-se abuso de bebidas e drogas, tava loucaço e ninguém mais aguentava ele), ficou puto da cara e resolveu formar uma banda nova. Das palavras do cara: "Após ser expulso do Metallica, tudo que eu lembrava era que eu queria sangue. O deles. Queria ser mais rápido e pesado que eles". Para saber mais sobre o que Dave Mustaine fez no Metallica, baixem os bootlegs No Life ‘Til Leather e Dave ‘em All. Aquilo é trash metal, amigos. Presente nos primeiros lançamentos do Metallica e nos primeiros do Megadeth.
Bom, (infelizmente) Dave saiu e (felizmente) formou o Megadeth. Se ele continuasse por lá, o Metallica não faria algumas merdas como Load e St. Anger.
Enfim, após gravar algumas demos, despertam o interesse de uma gravadora independente, e em 1985 lançam o primeiro disco, trash até a alma: Killing Is My Business... and Business Is Good. Ainda nos anos 80, lançam mais dois bons discos (Peace Sells... but Who’s Buying e So far, So Good... So What!) e firmam sua posição no cenário heavy/trash. Destaque para as músicas “In My Darkest hour” e o cover dos Sex Pistols Anarchy in the U.K.
Mas a década de 90 é ainda melhor e começam metendo o pé na porta, com o sensacional Rust in Peace, com clássicos como “Hangar 18”, “Five Magics” e “Tornado Of Souls” e assim o Megadeth se transforma em um ícone. Ainda lançam Countdown To Extinction, que tem provavelmente a sua música mais conhecida, “Symphony Of Destruction” e depois Youthanasia, com “A Tout Le Monde”, mais um sucesso.
Depois disso, com discos que voltam às origens e outros que apontam em outras direções, o Megadeth foi meio que decaindo, apesar de em 2001 Dave Mustaine acertar a mão de novo, com The World Needs A Hero. Mas em 2002, a banda acaba. Temporariamente, é claro, voltando em 2004 com um novo álbum. No próximo ano, fazem um show destruidores, mostrando que a verdadeira força do Megadeth é ao vivo, em cima do palco e de frente pro público.
Entre diversas formações diferentes, discos sensacionais e alguns nem tanto (tanto que alguns nem foram comentados), em 2009 o Megadeth lançou (até agora) seu último trabalho. Endgame não empolgou tanto, mas foi o suficiente para esse ano eu gastar meu dinheiro pra ver os caras aqui em Porto Alegre, por toda a história da banda e poder ver ao vivo todos aqueles riffs fodaspracaralho que eles acumularam durante esse tempo de estrada.

Formação atual:
* Dave Mustaine - Vocal, guitarra solo e base (1983 - 2002, 2004 - atualmente)
* David Ellefson (1983 - 2002, 2010 - atualmente)
* Chris Broderick - Guitarra solo (2008 - atualmente)
* Shawn Drover - Batera (2004 - atualmente)





P.S.: O Megadeth também tem seu mascote. Não é tão foda quanto o Eddie, mas é bem bacanoso. Vic Rattlehead é o nome da peça e ele é um esqueleto. Afuder né? rsrs Ele é baseado naquela frase: "Hear no evil, see no evil, speak no evil." (Não escute o mal, não veja o mal e não fale o mal).

De acordo com a Wikipedia, “Os olhos de Vic Rattlehead estão cobertos por um rebitador-em Visor, sua boca é bloqueada por um shut, e suas orelhas são fechadas com tampas metálicas.” Ou seja: não ouve, não fala e não vê. Em se tratando de Megadeth, ele não sabe o que tá perdendo!